O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Suja na saída
É,imagina só
Que mentira danada,è
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava
È,imagina só
O que o branco sujava
É,imagina só
O que o negro penava
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão,é a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão de imaculada nobreza
Passava a vida limpando
O que o branco sujava
É,imagina só
Eta branco sujão.
Gilberto Gil.Apud Beraldo,Alda Trabalhando com poesia
São Paulo.àtica,1990 v.2,p77.
Precimos refletir bastante,nesta poesia é coisa séria.
ResponderExcluir