quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os tesouros E OUTRAS DE PAULO COELHO

O mestre reuniu-se com seu discípulo preferido, e perguntou como ia seu progresso espiritual. O discípulo respondeu que estava conseguindo dedicar a Deus todos os momentos de seu dia.
-Então, falta apenas perdoar os seus inimigos – disse o mestre.
O discípulo virou-se, chocado:
-Mas eu não preciso! “Não tenho raiva de meus inimigos!”.
-Você acha que Deus tem raiva de você?
-Claro que não! – respondeu o discípulo.
-E mesmo assim você pede Seu perdão, não é verdade? Faça o mesmo com seus inimigos, mesmo que não sinta ódio por eles. Quem perdoa, está lavando e perfumando o próprio coração.

Que valha a pena
O jovem contemplava o oceano no convés de um navio cargueiro, quando uma onda inesperada o atirou no mar. Depois de muito esforço, um marinheiro conseguiu resgatá-lo.
-Obrigado por salvar minha vida – disse o rapaz.
-Tudo bem – respondeu o marinheiro. – Mas procure vivê-la como algo que valeu a pena salvar. SOBE NÃO ACEITAR PEQUENAS FALHAS
O mestre pediu aos seus discípulos que conseguissem comida. Estavam viajando e não conseguiam se alimentar direito.
Os discípulos voltaram no final da tarde. Cada um trazia o pouco conseguido por meio da caridade alheia: frutas já podres, pães duros, vinho azedo.
Um dos discípulos, porém, trazia uma saca de maçãs maduras.
— Farei sempre todo o possível para ajudar meu mestre e meus irmãos – disse ele, dividindo as maçãs com os outros.
— Onde você arranjou isto? – perguntou o mestre.
— Tive que roubá-las – respondeu o discípulo. — Os homens só me deram alimentos velhos, mesmo sabendo que pregamos a palavra de Deus.
— Pois vá embora com suas maçãs, e não volte nunca mais – disse o mestre. — Aquele que rouba por mim, terminará roubando de mim.

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